sexta-feira, abril 08, 2005

uma DUNA dentro de casa

Pois é.... tenho mesmo uma duna dentro de casa....
e como é isso possível perguntam vocês?
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Ora bem... tudo começou assim:
quinta feira às 18h estava eu a sair do emprego a dirigia-me para o supermercado, precisava de comprar algumas coisas para o jantar e já tinha acabado os garrafões de água que tinha em casa. Passava tranquilamente na Travessa da Praia quando quase tropeço na nova inquilina que tenho em casa. A Duna, uma gatinha linda com cerca de 2 meses, com dentes de leite, olhos azuis, malhada, tão pequenina que cabe na minha mão e é mais pequena que o meu pé (nº 36).
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Esta bébé, estava a miar e a andar meia atarantada de um lado para o outro. Depois de meia hora a tentar perceber o que é que ela andava a fazer, e a ver se encontrava a mãe ou os irmão dela, percebi que ela estava perdida. Ela ainda não via muito bem, e com o andar meio desengonçado nem conseguia evitar tropeçar nas pedras do chão.
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Peguei nela ao colo e logo apareceram umas 5 pessoas que me diziam que a levasse para casa e que a tratasse bem. Veio ter comigo um mendigo, uma senhora bem vestida, um senhor surdo-mudo e mais duas pessoas normais.
O mendigo dizia que ela tinha que ir para minha casa porque ela tinha fome e frio à noite, a senhora bem vestida dizia-me que se eu quisesse um gatinho que devia deixar este na rua que ela dava-me um siamês puro de uma ninhada que estava para nascer em casa dela, e o surdo-mudo não disse nada, apenas pegou nela com imenso carinho e tentou perceber se era gatinha ou gatinho.
Quando eu lhe disse que era gatinha, apontando para mim ele confirmou com a cabeça e um enorme sorriso. Colocou-a nas minhas mão e fez-me um sinal de me ir embora com ela e para a tratar bem.
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Coração mole como sou lá a trouxe para casa.
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Mal cheguei a casa telefonei à Catarina que tem em casa o Fanfrélio (um gato completamente alucinado... e muito giro), e pedi-lhe que me fosse ajudar.
A gatinha esteve uma meia hora assustada, eu até fiquei com medo que ela não estivesse bem... pensei que tivesse fome, e frio e então tratei de fazer uma cama e de preparar a comidinha.
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A caminha é uma caixa de chocapic com o pano do pó que trouxe de Portugal para a aquecer. E a sua primeira refeição era um bocadinho de leite que ainda tinha em casa, diluído com água (como não tinha chegado a ir às compras, não tinha mais nada em casa).
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Depois de comer a gatinha começou logo a arrebitar e agora já é dona e senhora daquela casa.
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Nem vos consigo dizer como ela é linda... enche-me a casa e o coração... é tão bom ter companhia... ter alguém que nos espera quando chegamos tarde a casa... alguém que nos dá mimos e nos faz rir com as suas brincadeiras e que nos ama do fundo do coração, sem pedir mais do que uns minutos de atenção...
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Duna da Praia de Cabo Verde, és a menina dos meus olhos... o meu bébé... com os teus passinhos de gata encontraste o caminho para o meu coração...

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