Depois do dia agitadíssimo de ontem quase não me conseguia mexer e por isso eu e a minha mãe decidimos ficar a descansar na parte da manhã na Murdeira, e só à tarde retomar a jornada no corta-relvas. Enquanto isso a Rita e o Rui decidiram começar o dia a fazer Kite e por isso encheram o sidekick vermelho com o equipamento todo e seguiram para sharks beach.
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Na Murdeira andámos a tentar apanhar um bocadinho de sol sem que o vento nos fizesse levantar voo, mas o dia estava impossível... quando surgiu uma aberta nas nuvens pegámos na mochila, nos óculos e nas barbatanas e seguimos para a praia do empreendimento. A praia foi construída em forma de concha para dentro de terra numa zona com rochas, ou seja, em princípio seria um bom sítio para ver alguns peixitos. Mas durante todo o curto caminho a pé fomos fustigadas por rajadas de vento carregado de areia, e chegadas à dita praia que ali estava plantada só para nós, tivemos que nos abrigar junto ao muro para não estarmos o tempo todo a comer areia.
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Ir à água era impossível, o tempo estava mesmo muito desagradável... como é possível? em Cabo Verde é sempre verão... mas de vez em quando o tempo prega umas partidas, e parece que S. Pedro escolheu a semana de férias da minha família para mostrar que quem manda ainda é a natureza...
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Depois de resistirmos alguns momentos decidimos ir pesquisar a piscina do empreendimento e o restaurante. Para usar a piscina precisávamos de pagar ou então de mostrar um cartão de posse de casa na zona, mas como não me apetecia pagar e como não tínhamos o cartão connosco... não fomos a banhos. Seguimos então para o restaurante, mas ainda estava fechado, então ficámos sentadinhas na esplanada a olhar para o mar, com uma vista óptima e aproveitei para tirar algumas fotografias com a minha super-máquina, vamos lá ver se fica alguma coisa de jeito.
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Voltámos para o apartamento, e no caminho andei a observar atentamente as vivendas que estavam construídas à beira de água... acho que já escolhi qual vai ser a minha casinha de férias quando "for grande" e puder viver dos rendimentos acumulados ao longo de anos intensos de trabalho... ou então viver dos ganhos de um possível totoloto, que apesar de não jogar sei que um dia vou ganhar.
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Como já eram horas de almoçar, fizemos umas sandocas e ficámos no apartamento a descansar um pouco até que chegasse a comitiva Kite. Passado algum tempo já eu estava quase a dormir até que ouvi ao longe o que me parecia ser o som de um tractor ou mesmo de um corta-relvas. Saí da casa e espreitei... o barulho não engana, ainda vinha longe mas já se ouvia claramente o jipe vermelho com os dois ocupantes "todos partidos" lá dentro.
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A expressão "todos partidos" aplicava-se totalmente à Rita e ao Rui, não só por andarem de jipe a cair aos bocados e com a suspensão inexistente, mas também porque andaram a manhã toda de kite e como o vento não estava para brincadeiras vinham com umas marcas a mais. Nódoas negras, arranhões, golpes e imensas dores musculares. Escusado será dizer que nesse dia não voltaram a fazer mais desportos radicais.
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Depois de comermos e descansarmos, e como o vento já tinha amainado, fomos novamente para a praia, mas desta vez para a parte de rocha e em mar aberto. Deste lado da ilha o mar está normalmente muito mais calmo, com menos ondas e com menos corrente.
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A Rita e o Rui lá foram ver uns peixinhos e uns corais enquanto eu me entretinha a apanhar conchas á beira de água. Que Paz... que descanso... Nada podia interromper estes momentos.... a não ser.... o toque de um telemóvel. Bolas... até aqui não me deixam em paz.
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Era a Carmita (a minha senhoria) a avisar que a Lígia (a tal portuguesa que está em Cabo Verde para adoptar uma criança) ir passar pelo Sal a caminho de Portugal, mais ou menos pela hora de jantar. Hoje teríamos então pelo menos duas idas ao aeroporto: para ir ter com a Lígia e para recolher o último elemento desta comitiva, a minha tia São.
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Como ontem tínhamos combinado com o Jô que íamos outra vez às Salinas, lá saímos da praia e metemo-nos do corta-relvas a caminho de Pedra de Lume. Lá estava já o nosso amigo Jô à nossa espera, mas hoje não estava acompanhado pelo Fredão (cadela com nome de cão). Fomos para a maior piscina de sal e com cuidado entrámos e ficámos a flutuar. Aqui não é preciso ter medo de aparecerem bichos ou coisas estranhas dentro de água, porque aqui nada sobrevive, só é preciso ter atenção para não mergulhar e não deixar entrar água para os olhos... se não temos problemas a sério...
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Começou a escurece e nós dentro de água a flutuar... parecia que estávamos no mar morto... Estávamos já a sair de dentro de água quando a minha mãe se começa a sentir mal... o jantar de ontem com o peixe frito não lhe fez nada bem ao fígado... que chatice...
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Voltámos rapidamente para casa para ela descansar e como não estava a ficar melhor fomos chamar a Drª Mónica, amiga da Srª que nos emprestou a casa e que mora num apartamento aqui mesmo ao lado. Não sabíamos bem o nº da casa, mas sabíamos que estava num bloco de doze casas, por sorte a primeira porta em que batemos era mesmo a dela, e em menos de 5 minutos já estávamos no nosso apartamento para ela consultar a minha mãe. Depois de uma brutal injecção e de uns valentes comprimidos as coisas começaram a melhorar e a minha mãe ficou a descansar.
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Entretanto fui ao aeroporto para ir buscar a Lígia que ia jantar connosco. Ela vinha toda contente porque a Vivian, a sua futura filhota já fez o teste do HIV e deu negativo, que alívio... Para além disso o processo já começou a andar e o juiz vai formalizar as coisas para a adopção até ao fim do mês, e por isso a Lígia volta a Portugal para tratar de tudo em casa e na Segurança Social para receber a sua menina em condições e com tudo em ordem.
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Fomos para a Murdeira jantar ao restaurante à beira da piscina... comer um peixinho grelhado... mesmo bom. Para a mãe pedimos um peixe cozido que eles prepararam com imenso cuidado para levarmos para casa (onde a minha mãe tinha ficado a descansar).
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Voltei a ir para o aeroporto mas desta vez para ir por a Lígia, e depois das despedidas voltei para a Murdeira até à hora de chegada do voo de Lisboa onde vinha a minha tia São.
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Estivemos a estupidificar em frente à televisão durante uma hora a ver a SIC, à espera que chegasse a hora do voo. Depois... quase a dormir... lá nos arrastámos para o jipe e com muito esforço seguimos para Espargos. O Rui ficou a dormir no carro e eu e a Rita ficámos a desesperar de frio e sono nos bancos desconfortáveis do aeroporto. Depois de mais de meia hora de atraso lá chegou o avião e lá veio a titia.
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Nova viagem no corta-relvas até Santa Maria para ir por a Rita e o Rui ao hotel, e depois nova viagem para a Murdeira para o merecido descanso dos guerreiros...
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A aventura deste dia acabou por volta das 2:30 da manhã... ufff que canseira.
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Na Murdeira andámos a tentar apanhar um bocadinho de sol sem que o vento nos fizesse levantar voo, mas o dia estava impossível... quando surgiu uma aberta nas nuvens pegámos na mochila, nos óculos e nas barbatanas e seguimos para a praia do empreendimento. A praia foi construída em forma de concha para dentro de terra numa zona com rochas, ou seja, em princípio seria um bom sítio para ver alguns peixitos. Mas durante todo o curto caminho a pé fomos fustigadas por rajadas de vento carregado de areia, e chegadas à dita praia que ali estava plantada só para nós, tivemos que nos abrigar junto ao muro para não estarmos o tempo todo a comer areia.
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Ir à água era impossível, o tempo estava mesmo muito desagradável... como é possível? em Cabo Verde é sempre verão... mas de vez em quando o tempo prega umas partidas, e parece que S. Pedro escolheu a semana de férias da minha família para mostrar que quem manda ainda é a natureza...
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Depois de resistirmos alguns momentos decidimos ir pesquisar a piscina do empreendimento e o restaurante. Para usar a piscina precisávamos de pagar ou então de mostrar um cartão de posse de casa na zona, mas como não me apetecia pagar e como não tínhamos o cartão connosco... não fomos a banhos. Seguimos então para o restaurante, mas ainda estava fechado, então ficámos sentadinhas na esplanada a olhar para o mar, com uma vista óptima e aproveitei para tirar algumas fotografias com a minha super-máquina, vamos lá ver se fica alguma coisa de jeito.
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Voltámos para o apartamento, e no caminho andei a observar atentamente as vivendas que estavam construídas à beira de água... acho que já escolhi qual vai ser a minha casinha de férias quando "for grande" e puder viver dos rendimentos acumulados ao longo de anos intensos de trabalho... ou então viver dos ganhos de um possível totoloto, que apesar de não jogar sei que um dia vou ganhar.
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Como já eram horas de almoçar, fizemos umas sandocas e ficámos no apartamento a descansar um pouco até que chegasse a comitiva Kite. Passado algum tempo já eu estava quase a dormir até que ouvi ao longe o que me parecia ser o som de um tractor ou mesmo de um corta-relvas. Saí da casa e espreitei... o barulho não engana, ainda vinha longe mas já se ouvia claramente o jipe vermelho com os dois ocupantes "todos partidos" lá dentro.
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A expressão "todos partidos" aplicava-se totalmente à Rita e ao Rui, não só por andarem de jipe a cair aos bocados e com a suspensão inexistente, mas também porque andaram a manhã toda de kite e como o vento não estava para brincadeiras vinham com umas marcas a mais. Nódoas negras, arranhões, golpes e imensas dores musculares. Escusado será dizer que nesse dia não voltaram a fazer mais desportos radicais.
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Depois de comermos e descansarmos, e como o vento já tinha amainado, fomos novamente para a praia, mas desta vez para a parte de rocha e em mar aberto. Deste lado da ilha o mar está normalmente muito mais calmo, com menos ondas e com menos corrente.
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A Rita e o Rui lá foram ver uns peixinhos e uns corais enquanto eu me entretinha a apanhar conchas á beira de água. Que Paz... que descanso... Nada podia interromper estes momentos.... a não ser.... o toque de um telemóvel. Bolas... até aqui não me deixam em paz.
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Era a Carmita (a minha senhoria) a avisar que a Lígia (a tal portuguesa que está em Cabo Verde para adoptar uma criança) ir passar pelo Sal a caminho de Portugal, mais ou menos pela hora de jantar. Hoje teríamos então pelo menos duas idas ao aeroporto: para ir ter com a Lígia e para recolher o último elemento desta comitiva, a minha tia São.
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Como ontem tínhamos combinado com o Jô que íamos outra vez às Salinas, lá saímos da praia e metemo-nos do corta-relvas a caminho de Pedra de Lume. Lá estava já o nosso amigo Jô à nossa espera, mas hoje não estava acompanhado pelo Fredão (cadela com nome de cão). Fomos para a maior piscina de sal e com cuidado entrámos e ficámos a flutuar. Aqui não é preciso ter medo de aparecerem bichos ou coisas estranhas dentro de água, porque aqui nada sobrevive, só é preciso ter atenção para não mergulhar e não deixar entrar água para os olhos... se não temos problemas a sério...
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Começou a escurece e nós dentro de água a flutuar... parecia que estávamos no mar morto... Estávamos já a sair de dentro de água quando a minha mãe se começa a sentir mal... o jantar de ontem com o peixe frito não lhe fez nada bem ao fígado... que chatice...
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Voltámos rapidamente para casa para ela descansar e como não estava a ficar melhor fomos chamar a Drª Mónica, amiga da Srª que nos emprestou a casa e que mora num apartamento aqui mesmo ao lado. Não sabíamos bem o nº da casa, mas sabíamos que estava num bloco de doze casas, por sorte a primeira porta em que batemos era mesmo a dela, e em menos de 5 minutos já estávamos no nosso apartamento para ela consultar a minha mãe. Depois de uma brutal injecção e de uns valentes comprimidos as coisas começaram a melhorar e a minha mãe ficou a descansar.
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Entretanto fui ao aeroporto para ir buscar a Lígia que ia jantar connosco. Ela vinha toda contente porque a Vivian, a sua futura filhota já fez o teste do HIV e deu negativo, que alívio... Para além disso o processo já começou a andar e o juiz vai formalizar as coisas para a adopção até ao fim do mês, e por isso a Lígia volta a Portugal para tratar de tudo em casa e na Segurança Social para receber a sua menina em condições e com tudo em ordem.
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Fomos para a Murdeira jantar ao restaurante à beira da piscina... comer um peixinho grelhado... mesmo bom. Para a mãe pedimos um peixe cozido que eles prepararam com imenso cuidado para levarmos para casa (onde a minha mãe tinha ficado a descansar).
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Voltei a ir para o aeroporto mas desta vez para ir por a Lígia, e depois das despedidas voltei para a Murdeira até à hora de chegada do voo de Lisboa onde vinha a minha tia São.
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Estivemos a estupidificar em frente à televisão durante uma hora a ver a SIC, à espera que chegasse a hora do voo. Depois... quase a dormir... lá nos arrastámos para o jipe e com muito esforço seguimos para Espargos. O Rui ficou a dormir no carro e eu e a Rita ficámos a desesperar de frio e sono nos bancos desconfortáveis do aeroporto. Depois de mais de meia hora de atraso lá chegou o avião e lá veio a titia.
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Nova viagem no corta-relvas até Santa Maria para ir por a Rita e o Rui ao hotel, e depois nova viagem para a Murdeira para o merecido descanso dos guerreiros...
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A aventura deste dia acabou por volta das 2:30 da manhã... ufff que canseira.
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