domingo, março 20, 2005

"O Anel Dourado"

Depois de um almoço e uma tarde agitada, lá fui novamente para o teatro.
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Desta vez a peça era "O Anel Dourado". A estória passa-se no mercado de peixe, entre discussões com facas bem afiadas e peixes enormes com anéis dourados lá dentro. Até que desta vez a peça tinha quase tudo para ser boa. Era falada em Crioulo, o que é bom para eu aprender, tinha sempre momento verdadeiramente hilariantes, tinha um bom actor (curiosamente o mais novo actor em palco era o melhor), e a sala estava cheia. Mas faltavam algumas coisas, que impediram que esta fosse uma noite bem passada. Faltavam ensaios... pois... sem ensaios é difícil a coisa sair bem à primeira. Então havia de tudo, desde actores que esqueciam as falas e os outros é que lhas diziam baixinho, a cenas repetidas mais de 5 vezes porque nenhum dos actores intervenientes se lembrava do que vinha a seguir, e até havia um erro do próprio encenador que decidiu repetir a mesma piada cerca de 10 vezes (10 foram as vezes que eu contei) ao longo da peça e portanto já estava mais do que gasta e já ninguém se ria.
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Mas atenção, a estória era bem engraçada e sempre que falava o "Didi tira-escamas" era um fartote de rir, o miúdo tinha mesmo piada...
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Só é pena aqui o teatro ter geralmente só a estreia, não sendo possível os actores ficarem mais à vontade com o público, e isto nota-se mais quando não houve muito tempo para os ensaios.
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Mas à parte de tudo isto, ri-me bastante e fiquei a saber que cá no Mindelo a palavra peixe tem dois significados, de acordo com as pessoas que estavam ao meu lado: "peixe pode ser peixe do mar, e também pode ser o peixe dos homens", LOL, quando me disseram isto percebi que durante a peça a palavra era usada muitas vezes nos dois sentidos, e houve momentos em que foi difícil parar de rir.

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