domingo, março 20, 2005

Novamente Calhau e Praia Grande

Como mais um fim-de-semana chega ao fim, é preciso recarregar baterias para a semana que se avizinha. Novamente com o carro emprestado do Luis Leão lá vamos nós à Praia Grande e ao Calhau.
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Desta vez levamos connosco a Catarina, arquitecta que está a fazer um estágio sobre a construção tradicional em Sto Antão, e o Álvaro que está de férias em S. Vicente à já quase 2 meses. Depois de almoçarmos no Katedral/Furnalha (não sei qual dos nomes é o verdadeiro), uma bela cachupa guisada (quase ao estilo roupa velha da cahcupa do dia anterior), e uma coca-cola fresquinha com gelo e limão, lá nos pusemos a caminho.
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Fomo à Praia Grande e que grande praia é esta... o areal vai desde o Calhau até à Praia do Norte da Baía (mesmo junto à Baía das Gatas), eu logo que cheguei pensei ir dar uma voltinha a pé, mas a areia era demasiado mole para eu poder afastar-me muito... Então fiquei à conversa com o resto do pessoal que aqui estava.
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No outro carro tinham ido a Marta que é uma jornalista portuguesa que está a lançar a revista "Dá Fala" aqui em Cabo Verde, e também tinham ido a Bélem e o Santiago. Este casal tem um percurso bastante interessante: a Belem é argentina (acho que é assim, eu confundo todos os países da américa latina) e o Santiago é Colombiano (acho eu...), ele é pintor e ela é actriz, ele estava a trabalhar em Espanha e a Belem tinha ido ter com ele, mas não estavam satisfeitos e decidiram mudar. Produraram no mapa que sítio poderia ficar mais ou menos a meio do caminho entre Espanha e as suas terras natal, e descobriram Cabo Verde. Depois verificaram de havia coisas de interesse para fazerem aqui e descobriram que o Mindelo era uma terra de artistas, e com imensa actividade cultural e com ensino de teatro. A Belem então decidiu que ia continuar a estudar teatro mas aqui com caboverdianos e com um português como professor (João Branco), e o Santiago vai alternando entre o Mindelo e Madrid, estando dois meses aqui e um mês lá.
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Depois de dar um curtíssimo mergulho na Praia Grande onde o mar está cheio de correntes que nos puxam para o oceano, voltámos para o carro e seguimos para o Calhau, não sem antes comer uma friskinha (gelado que se vende nas carrinhas que circulam pela cidade e pelas praias).
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Já no Calhau e como hoje já vinha prevenida, peguei nos meus óculos de mergulho e nas minhas barbatanas e lá me atirei para dentro de água. Bem... não é a grande barreira de corais da Austrália, mas também não é um mar Português. Aqui há algumas rochas, alumas plantas, alguns (muito poucos corais) e vários tipos de peixes, não muito coloridos mas bastante variados. E depois tem uma coisa fantástica é que se saio um bocadinho de perto da rocha já estou em oceano aberto... Eu estava entretida a perseguir um peixito que depois decidiu fugir para alto mar. Aí eu parei e olhei em frente... um universo desconhecido.... um imenso azul... Não fui mais longe pois estava consciente do tipo de seres que podia encontrar pela frente não muito longe de mim. Mas talvez numa próxima oportunidade possa explorar um bocadinho mais deste mundo imenso pintado de azul.

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