segunda-feira, novembro 03, 2008

Aboborita escrevia assim...

Chegam de novo as aves e as flores
cobrindo a terra alumiada,
renasce uma natureza perdida
com a primavera abençoada.

Beija-me a pele,
abraça o meu corpo esfaimado,
sacia minha sede de paixão,
toca com os lábios a minha face,
afasta os cabelos doirados
enaltecendo meus ombros,
tocam-me os raios divinos
alimentando meus olhos,

Os dedos brincam nos seios
descobertos pela suave brisa,
cantam os anjos nas nuvens
que se apressam na despedida,

Grita o sol bem alto
com regozijo profundo,
soltam as flores o odor
que reconforta o meu mundo.

Liberta-se então a minha alma
ouvindo as aves cantar,
santa melodia do monte
que corre desesperadamente para o mar.

A brisa me eleva bem alto,
acima da terra e do mar,
bate o coração mais forte
ansioso por estar a sonhar,

A paixão sobe-me ao rosto
fazendo meus olhos brilhar,
brinca o vento em meu corpo
tornando-o livre como o mar,

Soltos meus cabelos voam
o mais alto que podem chegar,
tocam o azul do céu infinito,
fim deste mundo bendito,

que me dá conforto e paz.

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