quinta-feira, novembro 13, 2008

O que tenho na minha secretária?

O que vamos acumulando no metro quadrado em que nos confinamos a maior parte do nosso dia, pode dizer muito de nós. Ora hoje dei por mim a olhar para o que tenha em cima da minha secretária e a lista é no mínimo variada, já para não dizer estranha aos olhos dos que a vêm de fora.

Para além do computador, teclado ergonómico e monitor plano topo de gama, sempre o melhor e mais actualizado da empresa (devo ser a menina mais pedinchona de bons monitores que já passou por aqui), tenho ainda um rato normalíssimo, um tapete de rato da empresa (porque eu sou daquelas pessoas que veste a camisola da empresa onde trabalha) e ainda um apoio para o pulso que é nada mais nada menos do que uma vaca de gel (que já mereceu variadíssimos comentários sempre divertidos).

Tenho depois todos os utensílios que se consideram indispensáveis num escritório, uma caixa tipo "desk set" com milhentas canetas de todas as cores, sendo que algumas funcionam e outras nem por isso, lápis, lapiseiras, réguas, borrachas, correctores, agrafadores, furadores, clips, molas, post-its novos e outros cheios de notas, tesoura, minas, e outras coisas mais.

Do lado esquerdo do computador tenho 5 pilhas de papéis e dossiers, que resumem todos os assuntos em que estou sempre a trabalhar e que acabam sempre por ser o meu arquivo e a minha biblioteca diária.

Um manual de Hidraúlica e um de Gestão de Resíduos, as minhas bíblias, fazem companhia a um pacote de bolachas e à minha caneca de chá cor-de-rosa que tem gatos desenhados e que me acompanha sempre para todos os trabalhos (já tive várias versões, mas o chá fez sempre parte).

E depois no meio disto tudo vêm as coisas mais pessoais: Um copo para as canetas, em madeira que veio de Moçambique que traz imensas recordações e me leva um bocadinho às minhas origens; 3 gatos (2 em madeira e 1 em pêlo) que me acompanham desde o meu primeiro trabalho, um deles desde o meu primeiro dia; 1 burro para me relembrar que nunca somos donos e senhores do saber e que temos sempre muito ainda por aprender; 1 barco em madeira que veio de Cabo Verde para recordar o trabalho que fiz lá e para recordar que a vida é uma viagem; 1 coral que existe desde que me lembro de mim; 1 pá de colocar cimento que veio do meu 3º trabalho para me lembrar que tudo na vida se constrói; 2 cavalos porque os adoro e admiro; 1 gota de água anti-stress e para lembrar que este é um bem precioso; 1 bruxinha protectora dos animais que me trouxe um amigo do caminho de Santiago; 1 borboleta efémera e bela, livre como o vento.

Confuso? não.... no meio do que parece ser esta confusão está muita muita organização.

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