quinta-feira, novembro 20, 2008

Deus Toth

Parece que as pessoas estão sempre à procura de justificações para o que não conseguem ou não querem explicar acerca do seu "Eu", acerca do que são, do que sentem, do que fazem... Numa dessas buscas, que eu própria acabo por fazer mesmo que não de forma sistemática nem mesmo de forma pensada ou consciente, cruzei-me com uma breve descrição do Deus Toth, que em teoria seria o deus egípcio protector do meu mês de nascimento. E a descrição é a que se segue.

"É uma divindade auto-concebida, que apareceu no mundo sobre uma flor de lótus, no amanhecer dos tempos. É um dos deuses primordiais. É o senhor das palavras, criador da fala e da escrita, deus do tempo e das medidas, criador de todas as ciências, portador das forças civilizadoras. É representado como um homem com cabeça de Íbis, a ave sagrada. Por ter recuperado o olho de Rá, que tinha fugido para Núbia na forma de Tefnut, como prêmio o deus Rá deu a Toth a Lua, e o transformou no deus do disco branco, governador das estrelas; também foi advogado do deus assassinado, Osíris, e de seu filho Hórus. As pessoas nascidas sob sua proteção têm grande capacidade de comunicação e uma inteligência rápida e penetrante. Seus protegidos têm uma natureza dupla, nervosa e inconstante, são muito ativos, sempre inventando coisas para fazer ou dizer. Embora sensíveis como a flor de lótus, no amor eles são frios como a lua e inconstantes como as aves, voando de galho em galho."

Agora digam-me... será que todos os gémeos são assim? será que eu própria sou assim ? só assim? a minha resposta é um redondo NÃO. Ainda posso concordar um bocadinho com a parte "têm uma natureza dupla, nervosa e inconstante, são muito ativos, sempre inventando coisas para fazer" mas julgo que tudo o resto, e mesmo esta expressão, não passa muitas vezes de um conjunto de palavras que, igual a todos os outros, diz tudo a quem procura um pouco que seja e não diz nada a quem nada procura... Perceberam, ou baralhei-me? O que quero dizer é que lemos e interpretamos apenas o que estamos predispostos a ouvir, e nem sempre temos o botão da racionalidade ligado para podermos distinguir o que são ideias do que são verdades.

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