Sabem aquelas longas horas que se perdem nos longos dias em que não se dorme, não se come, não se vê ninguém, em que se sonha com números e em que somos só nos e os nossos pensamentos, todos focados na execução de uma só coisa... Trabalho…Uma proposta... pois... foi assim que andei durante 1 semana... e tinha de ser logo a semana depois de estar doentinha...
Ainda andava com febre e já estava com o computador acoplado a mim de forma mais que permanente...
Mas felizmente esses dias passaram e finalmente consegui no fim-de-semana ter o vislumbre do que poderão ser fins-de-semana normais aqui.
Dormi 7 a 8 horas por dia, finalmente e o corpo agradeceu. Sábado acordei cedinho peguei na mochila e recheei-a com protector solar, chinelos de enfiar no dedo, t-shirt, luvas, boné... e máquina fotográfica xpto.
Saio de casa, paro no Nautilus para comprar uma torta de ovos que eu adoro e um sumo de goiaba natural. Apanho o Zé que já de máquina fotográfica em punho salta para o carro e seguimos nós pelas estradas calmas de uma cidade em descanso. Paramos no depósito de água das Águas de Moçambique para as primeiras fotos ao mural de mosaico do Naguib (conhecidíssimo artista moçambicano e que tenho o privilégio de conhecer pessoalmente e de ser uma das suas primeiras fãs... fã desde pequenina...). Fotos atrás de fotos... fascinados com as cores, as ideias, as imagens...
Seguimos depois para a Marginal para o mural gigante que acompanha a estrada ao longo do mar. Para além de enorme é magnífico e tem pormenores difíceis de esquecer. Mais fotos, montes delas... o calor começa a apertar... tenho que descansar... paro a meio e recolho no meu Clube... no Clube Naval.
Como o belo do prego no prato acompanhado da coca-cola com gelo e limão, como manda a regra. Recupero as energias e logo depois saio a correr para a secção de vela. Lá espera-me o companheiro de vela, amigo de juventude e de agora. Carregámos o barco no atrelado e seguimos para o Clube Marítimo pela marginal que serpenteia a baía.
Descanso de mais 1 horita para a maré subir e o vento aumentar a velocidade, mais uma coca-cola e dois dedos de conversa, para ganhar coragem e aparelhar o barco. Em 15 minutos estamos prontos, por protector solar, calçar as luvas, beber água, acertar o relógio e receber instruções sobre o campo de regatas.
Siga, cá vamos nós, para a minha primeira regata em Moçambique, e a primeira de vela ligeira depois de uns 11 anos longe destas andanças.
1ª regata partimos mal, mas logo na primeira bolina passámos de último (para aí 10º) para 3º lugar, boa recuperação, estava tudo a correr bem, não sei como virámos... bolas... em pouco tempo endireitámos o barco e regressámos ao activo, só perdemos um lugar na classificação, mas um erro do júri fez-nos passar para último lugar... bolas... dizem que tocámos na bóia... treta... tinham o barco mal posicionado e não viram nada... que chatice... esta regata é a que sai fora (das 5 do campeonato só vão contar 4).
2ª regata, partimos bem, em 3º lugar, andámos sempre os 3 primeiros ali lado a lado, taco a taco, e na popa conseguimos ganhar vantagem e passar para 2º lugar, que mantivemos até ao final... sempre a abrir... um espectáculo....
Para quem estava enferrujada não foi nada mau... agora no próximo fim-de-semana temos mais, só mais 3 regatas.... que bom...
Agora ando com aquelas dorzinhas boas no corpo, tenho um monte de calos nas mãos e nódoas negras um pouco por todo o lado, e nos lábios um sorriso.... já não me lembrava de como gostava disto...
terça-feira, março 31, 2009
quarta-feira, março 18, 2009
Picada no dedo
Ontem o dia começou normal até que por volta das 10h da manhã uma dor de cabeça gigante se abateu sobre mim acompanhada de suores frios e muita febre. "Ok... deve ser um desconfortosinho qualquer típico da mudança de tempo" pensei eu. Mas como não melhorava e o meu amigo ben-u-ron demorou 1h30 a fazer efeito achei melhor ir fazer o teste da malária.
Saio do trabalho carregada com o computador, na esperança de ainda conseguir trabalhar mais qualquer coisita esta noite, e vou à Clínica 222 na Av. 24 de Julho. 100 meticais vem a picada no dedo, o esfregaço na lâmina e a espera de 45 minutos para saber o resultado.
Deu negativo. Ao menos isso. Mas que raio de gripe brutal então que eu tenho... a febre continua aqui, mal consigo comer, pensar, andar... bolas...
Fui para casa dormir com o ederdon e a manta polar em cima. Esta manhã tomei outro ben-u-ron e depois de mais 2 horas na cama lá consegui arranjar energias para me levantar e vir trabalhar. Vamos lá ver se aguento...
Entretanto lá fora chove e a temperatura desceu abruptamente dos 33ºC para os 26ºC... o inverno está a caminho.
Saio do trabalho carregada com o computador, na esperança de ainda conseguir trabalhar mais qualquer coisita esta noite, e vou à Clínica 222 na Av. 24 de Julho. 100 meticais vem a picada no dedo, o esfregaço na lâmina e a espera de 45 minutos para saber o resultado.
Deu negativo. Ao menos isso. Mas que raio de gripe brutal então que eu tenho... a febre continua aqui, mal consigo comer, pensar, andar... bolas...
Fui para casa dormir com o ederdon e a manta polar em cima. Esta manhã tomei outro ben-u-ron e depois de mais 2 horas na cama lá consegui arranjar energias para me levantar e vir trabalhar. Vamos lá ver se aguento...
Entretanto lá fora chove e a temperatura desceu abruptamente dos 33ºC para os 26ºC... o inverno está a caminho.
terça-feira, março 17, 2009
Finalmente fim-de-semana
Precisava de um assim. E já se notava...
Sábado de manhã cedo, mas não muito cedo, acordei, preparei a mochila, sai de casa, fui apanhar os dois companheiros de viagem e depois de uma paragem para um curto pequeno-almoço na pastelaria Nautilus, lá nos fizemos à estrada.
Sempre em frente, mais uma vez, atravessando para o outro lado da fronteira, para a "europa" de África. África do Sul.
Entrada directa e imediata no Kruger Park, mais uma vez, e desta vez era eu que ia ao volante, 40 km/h a 50 km/h de velocidade máxima, muitas paragens, muitas fotografias. Olhos e ouvidos atentos, e assim no meio da vegetação que já começa a secar, fomos desencantando elefantes aos molhos, girafas tranquilas, búfalos, tartarugas, javalis, galinhas do mato, milhares de pássaros e impalas, macacos, babuínos, aranhas, hipopótamos e crocodilos. Desta vez não houve leões, nem qualquer outro tipo de gatinho... shuifff, que pena, queria tanto ver o meu amigo leo...
Saímos do parque no último minuto, mesmo ao fim da tarde... foi mesmo a aproveitar até à última. Seguimos para Nelspruit, jantámos num restaurante qualquer de beira de estrada e depois das energias repostas rumámos novamente a Maputo.
À meia-noite e pouco chegámos a casa para dormir descansada.
Domingo acordei com o sol a bater na janela, salto da cama, "hoje é dia de ir ao mercado". De manhã Mercado Central, fruta e legumes, um cesto carregado deles, cerca de 7 kg. Carregar tudo para o carro, levar as coisas para casa e vamos almoçar com o pé na areia no Miramar.
Depois do prego no pão (aqui a carne é óptima) e da coca-cola gelada seguimos para o mercado do peixe. Garoupa aqui, peixe-serra ali e mais um peixito novo que não reconheci. Ok estou abastecida para a semana.
Segunda-feira a Teresa começa a trabalhar na minha casa, sim, vou ter uma empregada. Preciso de alguém que cuide de mim e da casa, não tenho tempo nenhum, não cozinho, mal durmo... Agora vou ter alguém que organize a minha vida em casa por mim... que bom.
Sábado de manhã cedo, mas não muito cedo, acordei, preparei a mochila, sai de casa, fui apanhar os dois companheiros de viagem e depois de uma paragem para um curto pequeno-almoço na pastelaria Nautilus, lá nos fizemos à estrada.
Sempre em frente, mais uma vez, atravessando para o outro lado da fronteira, para a "europa" de África. África do Sul.
Entrada directa e imediata no Kruger Park, mais uma vez, e desta vez era eu que ia ao volante, 40 km/h a 50 km/h de velocidade máxima, muitas paragens, muitas fotografias. Olhos e ouvidos atentos, e assim no meio da vegetação que já começa a secar, fomos desencantando elefantes aos molhos, girafas tranquilas, búfalos, tartarugas, javalis, galinhas do mato, milhares de pássaros e impalas, macacos, babuínos, aranhas, hipopótamos e crocodilos. Desta vez não houve leões, nem qualquer outro tipo de gatinho... shuifff, que pena, queria tanto ver o meu amigo leo...
Saímos do parque no último minuto, mesmo ao fim da tarde... foi mesmo a aproveitar até à última. Seguimos para Nelspruit, jantámos num restaurante qualquer de beira de estrada e depois das energias repostas rumámos novamente a Maputo.
À meia-noite e pouco chegámos a casa para dormir descansada.
Domingo acordei com o sol a bater na janela, salto da cama, "hoje é dia de ir ao mercado". De manhã Mercado Central, fruta e legumes, um cesto carregado deles, cerca de 7 kg. Carregar tudo para o carro, levar as coisas para casa e vamos almoçar com o pé na areia no Miramar.
Depois do prego no pão (aqui a carne é óptima) e da coca-cola gelada seguimos para o mercado do peixe. Garoupa aqui, peixe-serra ali e mais um peixito novo que não reconheci. Ok estou abastecida para a semana.
Segunda-feira a Teresa começa a trabalhar na minha casa, sim, vou ter uma empregada. Preciso de alguém que cuide de mim e da casa, não tenho tempo nenhum, não cozinho, mal durmo... Agora vou ter alguém que organize a minha vida em casa por mim... que bom.
quinta-feira, março 12, 2009
Hoje é um daqueles dias...
Ontem acordei às 4h da manhã... não consegui voltar a dormir... depois tive um dia de trabalho de cão... daqueles mesmo mesmo maus... ainda tive um jantar de trabalho que se prolongou até à meia-noite e com uma enxaqueca em cima que não me deixava comer o magnífico arroz de marisco... Pedi o "doggy bag" e fui dormir para casa. Acordo sobressaltada às 3h da manhã, viro-me na cama como se tivesse tido uma série de pesadelos. Quero dormir e não consigo. Ao fim de uns longos minutos adormeci para acordar às 7h e entrar na rotina do dia-a-dia.
Agora sentada à secretária como amendoins torrados, tento esquecer que bati com o carro ontem a sair da garagem, e que depois torci um pé...
O dia lá fora está cinzento e o meu humor está negro.
Penso vezes sem conta que devia ter trazido o meu girassol, aquele que dança e canta... porque é que não o trouxe?
Já decidi, daqui a bocado saio daqui com o computador às costas e vou trabalhar para casa, ao menos lá não me interrompem de 2 em 2 minutos e pode ser que consiga acabar as 22.300 coisas que tenho de fazer.
Ufff, preciso de.... sei lá... qualquer coisa que não o que tenho estado a ter hoje...
Se calhar bastava um bocadinho de Sol. Pode ser?
Agora sentada à secretária como amendoins torrados, tento esquecer que bati com o carro ontem a sair da garagem, e que depois torci um pé...
O dia lá fora está cinzento e o meu humor está negro.
Penso vezes sem conta que devia ter trazido o meu girassol, aquele que dança e canta... porque é que não o trouxe?
Já decidi, daqui a bocado saio daqui com o computador às costas e vou trabalhar para casa, ao menos lá não me interrompem de 2 em 2 minutos e pode ser que consiga acabar as 22.300 coisas que tenho de fazer.
Ufff, preciso de.... sei lá... qualquer coisa que não o que tenho estado a ter hoje...
Se calhar bastava um bocadinho de Sol. Pode ser?
sexta-feira, março 06, 2009
Picar o ponto
Continuo à espera do meu DIRE (Documento de Identificação de Residente Estrangeiro), aquele livrinho azul que me vai permitir sentir um bocadinho mais em casa, menos "outsider". Enquanto ele não chega tenho que "picar o ponto" de 30 em 30 dias, e isto significa ir á fronteira carimbar o visto para renovar a minha estadia em Moçambique. Da primeira vez fui durante o fim-de-semana, aquele das fotografias do Kruger Park, mas desta vez, como estou com muito pouco tempo fui e vim numa tarde durante a semana.
Saí de Maputo às 12h00, rumo à Matola, pelo caminho aproveitei para resolver mais uma questão do trabalho (tenho que fazer render o tempo). Da Matola rumo "sempre em frente" para Ressano Garcia, onde está a fronteira. Passo o lado de Moçambique e depois de carimbar passaporte, dar saída do carro, comprar papéis e carimbar os mesmos já preenchidos, sigo nos 500 m da terra de ninguém e paro novamente na fronteira da África do Sul. Aqui os procedimentos são basicamente os mesmos, mas fala-se inglês.
Passadas as formalidades, pé a fundo no acelerador, mas sempre a cumprir limites de velocidade que eles aqui multam mesmo. Paro só em Melalane para comprar umas coisitas no supermercado local e para comer num restaurantesito (o único agradável, ou pelo menos com ar disso, de toda esta região). Acabo as comprinhas que dão algum conforto ao lar e faço-me à estrada de volta para Maputo.
O sol começa a pôr-se discreto, olho pelo espelho retrovisor e uma paz começa a invadir-me. A estrada tem este efeito em mim, e o sol...
Mesmo as viagens de picar o ponto têm o seu quê de beleza, e nesta captei um bocadinho da energia positiva que carregou as minhas baterias nestas fotografias. Um pôr-do-sol em África.Para vocês. Lembrei-me dos pores-do-sol que partilhei convosco.
Saí de Maputo às 12h00, rumo à Matola, pelo caminho aproveitei para resolver mais uma questão do trabalho (tenho que fazer render o tempo). Da Matola rumo "sempre em frente" para Ressano Garcia, onde está a fronteira. Passo o lado de Moçambique e depois de carimbar passaporte, dar saída do carro, comprar papéis e carimbar os mesmos já preenchidos, sigo nos 500 m da terra de ninguém e paro novamente na fronteira da África do Sul. Aqui os procedimentos são basicamente os mesmos, mas fala-se inglês.
Passadas as formalidades, pé a fundo no acelerador, mas sempre a cumprir limites de velocidade que eles aqui multam mesmo. Paro só em Melalane para comprar umas coisitas no supermercado local e para comer num restaurantesito (o único agradável, ou pelo menos com ar disso, de toda esta região). Acabo as comprinhas que dão algum conforto ao lar e faço-me à estrada de volta para Maputo.
O sol começa a pôr-se discreto, olho pelo espelho retrovisor e uma paz começa a invadir-me. A estrada tem este efeito em mim, e o sol...
Mesmo as viagens de picar o ponto têm o seu quê de beleza, e nesta captei um bocadinho da energia positiva que carregou as minhas baterias nestas fotografias. Um pôr-do-sol em África.Para vocês. Lembrei-me dos pores-do-sol que partilhei convosco.
Experiência Centro Comercial Maputo
Sabem que odeio Centros Comerciais? Pois, odeio. Só vou lá por mera necessidade, em dias como o dia de ir ao supermercado fazer as compras do mês, e só porque sai mesmo muito mais barato; ou em dias como o dia de comprar o microondas para a empresa, ou o dia em que tive de o ir trocar porque 1 de apenas 2 botões não funcionava. Ok... neura...
Hoje como passei à porta do dito Centro Comercial, ao melhor estilo Colombo mais com mais néons, e vi que tinha lugares no estacionamento, pensei “ hoje é um bom dia para vir trocar o dito microondas”. Entro no parque, estaciono (até aqui tudo bem), entro no CCM e apanho o bafo gelado do ar condicionado. Lojas pimba por todo o lado, parecem lojas do chinês, ou aquelas do Centro Comercial da Mouraria (bolas, eu hoje estou mesmo com mau feitio...). À mistura com estas uma loja/galeria de arte, uma loja de bikinis "Pokopano", uma loja com roupa de surf e bodyboard e uma loja "Parfois". Escondida no meia da loja das chaves e da loja dos panos, há ainda uma Levis, mas o que há realmente mais são sapatarias com sapatos indescritíveis... de gala no mínimo exibicionista... brilhantes por todo o lado... Lojas ainda de vestidos de noiva e de vestidos de noite com muitos folhos, muito cetim, muitas rendas, brilhantes e pérolas... e no meio de tudo isto uma loja de peluches de meter medo ao susto.
Ok... controla-te... subo as escadas rolantes por entre gente de todas as nacionalidades, 3 pisos com música em altos berros, mas ao menos é música que eu conheço. Vou para a loja gigante de electrodomésticos, e qual não é o meu espanto... a loja está fechada. À porta um monte de trabalhadores estão sentados no chão à porta a conversar alto como se de uma feira se tratasse, e esperam tranquilamente que seja hora de abrir. Descobri que a loja abre às 14h, pois... são 14:25 e ainda estou à espera... haja paciência...
Dou uma volta mais ao CCM... quero sair daqui, rapidamente... AHHHH
Logo que a loja abre, despacho o assunto, e saio a correr em direcção ao carro, prego a fundo até ao escritório onde me fecho no gabinete... ufff, finalmente a salvo da confusão. Aqui os stresses são outros.
Hoje como passei à porta do dito Centro Comercial, ao melhor estilo Colombo mais com mais néons, e vi que tinha lugares no estacionamento, pensei “ hoje é um bom dia para vir trocar o dito microondas”. Entro no parque, estaciono (até aqui tudo bem), entro no CCM e apanho o bafo gelado do ar condicionado. Lojas pimba por todo o lado, parecem lojas do chinês, ou aquelas do Centro Comercial da Mouraria (bolas, eu hoje estou mesmo com mau feitio...). À mistura com estas uma loja/galeria de arte, uma loja de bikinis "Pokopano", uma loja com roupa de surf e bodyboard e uma loja "Parfois". Escondida no meia da loja das chaves e da loja dos panos, há ainda uma Levis, mas o que há realmente mais são sapatarias com sapatos indescritíveis... de gala no mínimo exibicionista... brilhantes por todo o lado... Lojas ainda de vestidos de noiva e de vestidos de noite com muitos folhos, muito cetim, muitas rendas, brilhantes e pérolas... e no meio de tudo isto uma loja de peluches de meter medo ao susto.
Ok... controla-te... subo as escadas rolantes por entre gente de todas as nacionalidades, 3 pisos com música em altos berros, mas ao menos é música que eu conheço. Vou para a loja gigante de electrodomésticos, e qual não é o meu espanto... a loja está fechada. À porta um monte de trabalhadores estão sentados no chão à porta a conversar alto como se de uma feira se tratasse, e esperam tranquilamente que seja hora de abrir. Descobri que a loja abre às 14h, pois... são 14:25 e ainda estou à espera... haja paciência...
Dou uma volta mais ao CCM... quero sair daqui, rapidamente... AHHHH
Logo que a loja abre, despacho o assunto, e saio a correr em direcção ao carro, prego a fundo até ao escritório onde me fecho no gabinete... ufff, finalmente a salvo da confusão. Aqui os stresses são outros.
terça-feira, março 03, 2009
Piadinha do dia
Um polícia Sul-Africano mandou parar um carro que transportava
Moçambicanos e disse ao motorista que, por estar a usar o seu cinto de
segurança, acabava de ganhar um prémio de R5 000, como parte de uma
campanha de segurança nas Auto-estradas!
O homem mal quis acreditar na sua sorte e quando o polícia perguntou
o que pretendia fazer com o dinheiro, respondeu:
"Bom, eu vou tirar a minha carta de condução."
"Oh, não lhe dê ouvidos, Sr. Polícia", gritou a mulher no assento do passageiro, "ele pensa que é engraçado quando esta bêbado..."
Com isto acordou o tipo no assento traseiro que deitou um olhar ao polícia e resmungou:
"Eu sabia que não chegaríamos longe em um carro roubado!"
Nesse momento, ouviram-se batidas vindas do porta-bagagens e uma voz disse:~
"Comé? Já atravessámos a fronteira?"
Moçambicanos e disse ao motorista que, por estar a usar o seu cinto de
segurança, acabava de ganhar um prémio de R5 000, como parte de uma
campanha de segurança nas Auto-estradas!
O homem mal quis acreditar na sua sorte e quando o polícia perguntou
o que pretendia fazer com o dinheiro, respondeu:
"Bom, eu vou tirar a minha carta de condução."
"Oh, não lhe dê ouvidos, Sr. Polícia", gritou a mulher no assento do passageiro, "ele pensa que é engraçado quando esta bêbado..."
Com isto acordou o tipo no assento traseiro que deitou um olhar ao polícia e resmungou:
"Eu sabia que não chegaríamos longe em um carro roubado!"
Nesse momento, ouviram-se batidas vindas do porta-bagagens e uma voz disse:~
"Comé? Já atravessámos a fronteira?"
domingo, março 01, 2009
Notícias
Duas semanas sem dar notícias... desculpem nunca pensei ficar tanto tempo afastada do computador, mas foi impossível parar para escrever umas linhas.
O trabalho roubou-me horas, muitas horas. Horas de vida, de sono, de descanso, de convívio, horas minhas, tão só minhas, que este fim-de-semana tive de me isolar e finalmente descansar.
Estive a trabalhar que nem uma louca, horas seguidas, sem me sentar muito na secretária, sem escrever os mails que precisar de escrever, sem fazer alguns dos relatórios que precisava de fazer, mas a controlar o que era preciso controlar, a fazer aquilo a que os americanos chamam de "damage control", para em tempos de crise, ou neste caso, em tempos de pico, se conseguirem fazer os serviços à mesma.
O que se passou? a lixeira entupiu, literalmente entupiu, e não entrava nem mais um saquinho de lixo, muito menos as minhas viaturas... enfim... foi um filme para o qual quase não via o fim. Mas agora com tudo a andar mais calmo, mais dentro do normal, posso dormir mais do que as 3 horas da semana passada, e posso voltar às rotinas de trabalho que se querem a funcionar.
Desculpem o desabafo, mas este até está a ser bem mais "soft" do que os que precisei de fazer ao longo destas duas semanas. Desculpem também a linguagem básica, mas preciso disto agora, os textos elaborados tenho de os deixar para os 500 relatórios e cartas que escrevo e ainda faltam escrever.
Mas para que não se assustem, eu estou bem, dormi lindamente este fim-de-semana, tive uns jantaritos com amigos que me ajudaram a levantar as energias, e agora estou finalmente de volta do computador a ver os mails de há muitos dias.
Quanto a novidades, nada de novo. Mas posso dizer-vos como tendem a ser as minhas rotinas dos dias normais durante a semana. Acordar às 7h, tomar banho, vestir, sair de casa, dar boleia ao vizinho do lado, parar no hotel Rovuma e tomar o pequeno-almoço, sempre na melhor companhia (aqui atenção, peço sempre a conta logo quando faço o pedido, senão arrisco-me a ficar 30 min à espera de pagar uma mísera meia de leite e um pão com manteiga). Depois sigo para o trabalho atravessando em gincana a Av. 25 de Setembro. Trabalho, trabalho, trabalho, paro para almoçar às 12:30 (preferencialmente) e encontro-me com amigos num qualquer restaurante da cidade, regresso às 14h (mas isto de almoçar fora vai mudar, para a próxima semana já devo ter empregada e almocinho feito em casa... um luxo). Trabalhar das 14h às 17:30(em teoria)... ou às 18h... 19h... ou mesmo às 20h (se não houver stresses vou para casa sem passar na lixeira). A caminho de casa paro no Piri-piri, tomo uma Laurentina (famosa cerveja nacional) com os amigos, às vezes como uma chamussa de camarão, e depois sigo para a casa de qualquer um dos novos amigos para um belo repasto. Às vezes, mas só às vezes, vamos todos ou só alguns jantar fora. E depois ao fim da noite, já muito cansada regresso a casa com os vizinhos, sempre os do costume. Deito-me na minha caminha de casal sob a minha rede mosquiteira, vidro abertos e cortinas afastadas, acerto o despertador... e o sono chega tranquilamente.
O trabalho roubou-me horas, muitas horas. Horas de vida, de sono, de descanso, de convívio, horas minhas, tão só minhas, que este fim-de-semana tive de me isolar e finalmente descansar.
Estive a trabalhar que nem uma louca, horas seguidas, sem me sentar muito na secretária, sem escrever os mails que precisar de escrever, sem fazer alguns dos relatórios que precisava de fazer, mas a controlar o que era preciso controlar, a fazer aquilo a que os americanos chamam de "damage control", para em tempos de crise, ou neste caso, em tempos de pico, se conseguirem fazer os serviços à mesma.
O que se passou? a lixeira entupiu, literalmente entupiu, e não entrava nem mais um saquinho de lixo, muito menos as minhas viaturas... enfim... foi um filme para o qual quase não via o fim. Mas agora com tudo a andar mais calmo, mais dentro do normal, posso dormir mais do que as 3 horas da semana passada, e posso voltar às rotinas de trabalho que se querem a funcionar.
Desculpem o desabafo, mas este até está a ser bem mais "soft" do que os que precisei de fazer ao longo destas duas semanas. Desculpem também a linguagem básica, mas preciso disto agora, os textos elaborados tenho de os deixar para os 500 relatórios e cartas que escrevo e ainda faltam escrever.
Mas para que não se assustem, eu estou bem, dormi lindamente este fim-de-semana, tive uns jantaritos com amigos que me ajudaram a levantar as energias, e agora estou finalmente de volta do computador a ver os mails de há muitos dias.
Quanto a novidades, nada de novo. Mas posso dizer-vos como tendem a ser as minhas rotinas dos dias normais durante a semana. Acordar às 7h, tomar banho, vestir, sair de casa, dar boleia ao vizinho do lado, parar no hotel Rovuma e tomar o pequeno-almoço, sempre na melhor companhia (aqui atenção, peço sempre a conta logo quando faço o pedido, senão arrisco-me a ficar 30 min à espera de pagar uma mísera meia de leite e um pão com manteiga). Depois sigo para o trabalho atravessando em gincana a Av. 25 de Setembro. Trabalho, trabalho, trabalho, paro para almoçar às 12:30 (preferencialmente) e encontro-me com amigos num qualquer restaurante da cidade, regresso às 14h (mas isto de almoçar fora vai mudar, para a próxima semana já devo ter empregada e almocinho feito em casa... um luxo). Trabalhar das 14h às 17:30(em teoria)... ou às 18h... 19h... ou mesmo às 20h (se não houver stresses vou para casa sem passar na lixeira). A caminho de casa paro no Piri-piri, tomo uma Laurentina (famosa cerveja nacional) com os amigos, às vezes como uma chamussa de camarão, e depois sigo para a casa de qualquer um dos novos amigos para um belo repasto. Às vezes, mas só às vezes, vamos todos ou só alguns jantar fora. E depois ao fim da noite, já muito cansada regresso a casa com os vizinhos, sempre os do costume. Deito-me na minha caminha de casal sob a minha rede mosquiteira, vidro abertos e cortinas afastadas, acerto o despertador... e o sono chega tranquilamente.
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