Logo no dia seguinte à nossa chegada fomos conhecer uma parte da cidade do Mindelo, e começámos exactamente por um dos locais que considero mais nobre em qualquer cidade, a Marginal. A Marginal aqui estende-se desde o Mercado de Peixe e da Torre de Belém (sim... Torre de Belém... aqui existe uma mini-réplica da nossa Torre de Belém) até à Praia da Lajinha e Matiota. A Lajinha é uma praia pequenina, de areia branca e com a água a uma temperatura fantástica... eu que tenho muitíssima dificuldade em entrar na água em Portugal, aqui entro com uma facilidade incrível... é delicioso...
Bem depois de molhar os pés na Lajinha fomos à Matiota, logo ali ao lado (aliás como tudo o resto aqui no Mindelo!!!) e fomos bater à porta de um dos mais conhecidos artistas plásticos Mindelenses, Leão Lopes. Ele não estava, mas a Mamy Estrela, mulher dele, recebeu-nos de braços abertos e convidou-nos imediatamente para irmos conhecer a casa de praia deles na aldeia do norte da baía (perto da Baía das Gatas). Então no dia seguinte, lá nos metemos nós no jipe, grande o suficiente para dar boleias a pessoas que diariamente fazem este percurso a pé para vender leite de cabra na cidade.
A Baía das Gatas é actualmente um dos sítios mais procurados para construir as casas de fim-de-semana de todos aqueles que têm algum dinheiro. Como aqui não há regras nenhumas de urbanismo, imaginem o que é um aglomerado de casas em cada uma é totalmente diferente das outras, e ainda por cima aqui misturam-se todos os estilos, inlcuindo de casas dos países nórdicos. Para além deste amontodado de casas, existem ainda um local onde repousam os barcos de pesca depois do "sobe e desce" cansativo das ondas do Atlântico. Olhando à minha volta procuro o recinto do famoso Festival da Baía das Gatas, mas não o encontro. Será possível não encontrar o recinto do festival para onde grande parte da população das ilhas se desloca no mês de agosto? É possível, é... Exactamente por ser um festival com tanta gente, não existe recinto, o areal da praia é todo ele o recinto e o local de montar tendas e barracas de comes e bebes. Neste momento torna-se difícil para mim imaginar como será em agosto este sítio calmo onde hoje as famílias com as suas crianças se banham nas águas baixas e quase paradas da Baía. Para acreditar na dimensão que todos falam, terei de vir cá ver com os meus próprios olhos.
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