sexta-feira, janeiro 28, 2005

a chegada atribulada

Olá ppl

Cá estou eu em Cabo Verde, finalmente a aventura começou…

Depois da despedida chorosa no aeroporto da Portela onde estiveram alguns de vocês, lá fui eu carregadíssima para o avião, embarquei quase de imediato e ainda bem porque o peso que carregava às costas e a tira colo era mais do que muito. Supostamente o avião devia partir às 11:30, mas estivemos parados até às 12:15, problemas no raio-x da bagagem no aeroporto atrasaram o carregamento (dizem eles). Afinal o voo era da Varig que ia para Fortaleza fazendo escala no Sal. Eu ainda considerei a hipótese de não sair após 3:30 horas de voo e seguir para o Brasil, mas depois olhei para a janela e senti uma vontade enorme de pisar África outra vez (apesar de ser uma pequena ilha, era África).

Aterrámos no aeroporto dos Espargos na ilha do Sal e como tínhamos 8 horas de espera até ao voo para S. Vicente fomos passear. A Electra tinha à nossa espera um taxista de confiança que ficou de nos servir de guia durante este tempo. O Sr. Júlio tinha uma carripana tipo Hiace mas que parecia um jipe a andar pela ilha. Fomos às instalações da Electra só para ver como funcionam e depois fomos mesmo fazer turismo. Primeiro fomos ás salinas, lindas, e depois seguimos para a praia de Sta Maria (Rita e Rui aquilo para Kite é do melhor, andam lá imensas pessoas e tem um vento mesmo fixe). A praia é de areia branca e tem água azul turquesa, tem uns barquinhos à vela e uns hotéis óptimos. Assistimos à chegada de um barquinho de pesca que trazia “odjo grande” mais conhecido por chicharro. No pontão vimos o primeiro pôr-do-sol vermelhinho, parecido com o de Moçambique. Estivemos com um conhecido da família do João, o Rice, que é um empresário local muito bem sucedido e que já ofereceu uma das várias casas para nós ficarmos ou para quando vocês vierem cá de férias (ele diz que vos faz um desconto de amigo). Jantámos no Mateus, um dos restaurantes mais conhecidos, que tem peixe fresquinho e mornas ao vivo (estivemos muito bem). Depois o que custou foi sair e lembrar que ainda faltava mais uma viagem de avião…

Fomos de novo para o aeroporto e o voo dos TACV que devia ter saído às 22:45 só saiu às 23:10, o atraso já me estava a irritar… mas como cá é tudo devagar devagarinho… Lá fomos nós num teco teco movida a hélice (irreal), para mais uma viagem de 30 min, estava tão cansada que adormeci assim que levantámos voo.

Chegámos ao aeroporto de S. Pedro já era 23:45, tipo zombies. As malas vieram com uns riscos a mais e lá tive que apresentar uma reclamação, o que àquela hora não é nada fácil. O Dr Faísca estava no aeroporto, mas estava de partida para Lisboa, no entanto já combinou jantar connosco na 2ª feira, e tinha um taxista também da confiança da Electra à nossa espera. O Sr tinha o carro todo hi-tech por dentro com luzinhas e com leitor de DVD e mini televisor (imaginem só a minha cara de espanto… achava que tudo cá era mto caro e nunca tinha visto tal coisa em Lisboa…).
Bem e chegado o fim do dia, fomos para o Hotel Porto Grande, que está mesmo no centro da vida da cidade do Mindelo.

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