domingo, janeiro 30, 2005

A Famosa Baía das Gatas

Logo no dia seguinte à nossa chegada fomos conhecer uma parte da cidade do Mindelo, e começámos exactamente por um dos locais que considero mais nobre em qualquer cidade, a Marginal. A Marginal aqui estende-se desde o Mercado de Peixe e da Torre de Belém (sim... Torre de Belém... aqui existe uma mini-réplica da nossa Torre de Belém) até à Praia da Lajinha e Matiota. A Lajinha é uma praia pequenina, de areia branca e com a água a uma temperatura fantástica... eu que tenho muitíssima dificuldade em entrar na água em Portugal, aqui entro com uma facilidade incrível... é delicioso...
Bem depois de molhar os pés na Lajinha fomos à Matiota, logo ali ao lado (aliás como tudo o resto aqui no Mindelo!!!) e fomos bater à porta de um dos mais conhecidos artistas plásticos Mindelenses, Leão Lopes. Ele não estava, mas a Mamy Estrela, mulher dele, recebeu-nos de braços abertos e convidou-nos imediatamente para irmos conhecer a casa de praia deles na aldeia do norte da baía (perto da Baía das Gatas). Então no dia seguinte, lá nos metemos nós no jipe, grande o suficiente para dar boleias a pessoas que diariamente fazem este percurso a pé para vender leite de cabra na cidade.
A Baía das Gatas é actualmente um dos sítios mais procurados para construir as casas de fim-de-semana de todos aqueles que têm algum dinheiro. Como aqui não há regras nenhumas de urbanismo, imaginem o que é um aglomerado de casas em cada uma é totalmente diferente das outras, e ainda por cima aqui misturam-se todos os estilos, inlcuindo de casas dos países nórdicos. Para além deste amontodado de casas, existem ainda um local onde repousam os barcos de pesca depois do "sobe e desce" cansativo das ondas do Atlântico. Olhando à minha volta procuro o recinto do famoso Festival da Baía das Gatas, mas não o encontro. Será possível não encontrar o recinto do festival para onde grande parte da população das ilhas se desloca no mês de agosto? É possível, é... Exactamente por ser um festival com tanta gente, não existe recinto, o areal da praia é todo ele o recinto e o local de montar tendas e barracas de comes e bebes. Neste momento torna-se difícil para mim imaginar como será em agosto este sítio calmo onde hoje as famílias com as suas crianças se banham nas águas baixas e quase paradas da Baía. Para acreditar na dimensão que todos falam, terei de vir cá ver com os meus próprios olhos.

sábado, janeiro 29, 2005


Cheguei!!! Aqui estou eu na minha residência temporária, o mais famoso quarto do Hotel Porto Grande... Posted by Hello

sexta-feira, janeiro 28, 2005

a chegada atribulada

Olá ppl

Cá estou eu em Cabo Verde, finalmente a aventura começou…

Depois da despedida chorosa no aeroporto da Portela onde estiveram alguns de vocês, lá fui eu carregadíssima para o avião, embarquei quase de imediato e ainda bem porque o peso que carregava às costas e a tira colo era mais do que muito. Supostamente o avião devia partir às 11:30, mas estivemos parados até às 12:15, problemas no raio-x da bagagem no aeroporto atrasaram o carregamento (dizem eles). Afinal o voo era da Varig que ia para Fortaleza fazendo escala no Sal. Eu ainda considerei a hipótese de não sair após 3:30 horas de voo e seguir para o Brasil, mas depois olhei para a janela e senti uma vontade enorme de pisar África outra vez (apesar de ser uma pequena ilha, era África).

Aterrámos no aeroporto dos Espargos na ilha do Sal e como tínhamos 8 horas de espera até ao voo para S. Vicente fomos passear. A Electra tinha à nossa espera um taxista de confiança que ficou de nos servir de guia durante este tempo. O Sr. Júlio tinha uma carripana tipo Hiace mas que parecia um jipe a andar pela ilha. Fomos às instalações da Electra só para ver como funcionam e depois fomos mesmo fazer turismo. Primeiro fomos ás salinas, lindas, e depois seguimos para a praia de Sta Maria (Rita e Rui aquilo para Kite é do melhor, andam lá imensas pessoas e tem um vento mesmo fixe). A praia é de areia branca e tem água azul turquesa, tem uns barquinhos à vela e uns hotéis óptimos. Assistimos à chegada de um barquinho de pesca que trazia “odjo grande” mais conhecido por chicharro. No pontão vimos o primeiro pôr-do-sol vermelhinho, parecido com o de Moçambique. Estivemos com um conhecido da família do João, o Rice, que é um empresário local muito bem sucedido e que já ofereceu uma das várias casas para nós ficarmos ou para quando vocês vierem cá de férias (ele diz que vos faz um desconto de amigo). Jantámos no Mateus, um dos restaurantes mais conhecidos, que tem peixe fresquinho e mornas ao vivo (estivemos muito bem). Depois o que custou foi sair e lembrar que ainda faltava mais uma viagem de avião…

Fomos de novo para o aeroporto e o voo dos TACV que devia ter saído às 22:45 só saiu às 23:10, o atraso já me estava a irritar… mas como cá é tudo devagar devagarinho… Lá fomos nós num teco teco movida a hélice (irreal), para mais uma viagem de 30 min, estava tão cansada que adormeci assim que levantámos voo.

Chegámos ao aeroporto de S. Pedro já era 23:45, tipo zombies. As malas vieram com uns riscos a mais e lá tive que apresentar uma reclamação, o que àquela hora não é nada fácil. O Dr Faísca estava no aeroporto, mas estava de partida para Lisboa, no entanto já combinou jantar connosco na 2ª feira, e tinha um taxista também da confiança da Electra à nossa espera. O Sr tinha o carro todo hi-tech por dentro com luzinhas e com leitor de DVD e mini televisor (imaginem só a minha cara de espanto… achava que tudo cá era mto caro e nunca tinha visto tal coisa em Lisboa…).
Bem e chegado o fim do dia, fomos para o Hotel Porto Grande, que está mesmo no centro da vida da cidade do Mindelo.

sábado, janeiro 01, 2005

A minha aventura

Esta história começa em Lisboa no dia em que nasci, 27 de Maio de 1978. Foi a partir deste dia que a minha personalidade e os meus sonhos se foram desenvolvendo, foi partilhando cada pedaço da minha curta vida com a minha família, os meus amigos e colegas, em vários sítios espalhados por esse mundo, que cheguei aqui, exactamente onde queria chegar.

Mas o chegar aqui a este momento cheio de significado para mim, não quer dizer que pararei de avançar, significa apenas que é um primeiro momento para reflectir e para recordar tudo o que vivi e para agradecer a todos os que caminharam comigo.

Penso que antes da minha partida consegui conversar com todos para vos dizer o que sinto, tentei expor os meus sentimentos para cada um de vocês em particular, espero ter conseguido.

Se o tempo não deu para mais, foi porque comecei a agradecer-vos muito tarde. E se assim foi, aqui fica o maior abraço do Mundo para vocês, os meus amigos que viajam comigo sempre no meu coração.

Aboborita em Cabo Verde...

Aboborita em Cabo Verde... 9 meses passados neste Paraíso, contados quase ao pormenor para que partilhem esta experiência comigo...
Bem vindos a bordo, entrem com o pé direito, abram bem os olhos e apreciem as maravilhosas paisagens, deixem o vento e o oceano tocar a vossa pele, sintam o cheiro das malaguetas no mercado e ouçam os sons dos que tocam guitarra e cantam mornas desde crinaças porque amam a música.
Mergulhem nesta aventura com todos os vossos sentidos e divirtam-se...