domingo, maio 08, 2011
Dia 13 – Lago Niassa
Tinha pedido o pequeno-almoço para as 7:30, mas o cansaço era tanto que só acordei às 7:45, tinha sido esta a primeira noite livre de despertador. Depois de um duche rápido mais uma vez no meio do mato, vesti o bikini e levei a minha cesta com os óculos de mergulho para a praia onde uma mesa de pequeno-almoço muito recheada esperava por mim. Comi junto à margem do lago de águas cristalinas, com os pés descalço na areia, e já no fim da refeição comecei a ser “atacada” por um macaco malandro que queria roubar qualquer uma das coisas saborosas que estavam em cima da mesa. Depois de o ter enxotado até ele desistir, equipei-me e entrei dentro de água, ainda nem tinha a água pelo joelho e já via um monte de peixinhos coloridos à minha volta. Milhares de peixes, a grande parte deles ciclídeos, grande parte deles também que apenas existem no lago Niassa, e mesmo em alguns casos só nas margens do lado de Moçambique. Centenas de cores diferentes, as águas transparentes deixavam ver cada risca, cada pinta, cada pormenor, mesmo dos peixes mais pequeninos. Adorei. Voltei para a praia e troquei de roupa rapidamente para iniciar a caminhada pelo mato ali à volta. Saímos apenas com água e fomos às pequeníssimas cascatas/quedas de água, subimos mais até ao viewpoint de onde temos uma vista fantástica sobre o lago, desde as margens até às montanhas do lado do Malawi, pelo meio algumas canoas de pescadores, a ilha de Likoma e a canoa que saiu do Nkwichi para o nosso local de almoço. Descemos até ao Embondeiro / Baobáb, que dizem ter mais de 2000 anos e que tem, dizem também, 29 metros de perímetro. Absolutamente fantástico. Almoçámos à sombra da grande árvore da vida, ou árvore dos espíritos, como é conhecido aqui. O Pedro decidiu continuar a caminhada depois do almoço e eu decidi regressar ao lodge a remar na canoa tradicional. Depois de 30 minutos a remar contra as ondas, cheguei completamente encharcada, mas super feliz. Tomei mais um banho, fui buscar o cão Ernesto ao escritório e fui para a praia ler revistas da Africa Geographic. Estive assim de férias a dar e a receber miminhos do mini cão alucinado, até à hora de jantar. Já junto à fogueira bebi o gin tónico da praxe, jantei à beira lago um peixinho Chambo acabado de pescar, e ficámos à conversa até já ser noite escura, apenas iluminados pelos parcos candeeiros a petróleo que nos rodeavam. Retornei ao meu quarto fantástico e serenamente adormeci.
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