Ando assim, como que arrastada pela corrente, ora me aproximo de terra ora me afasto novamente para alto mar, lá onde as ondas são altas, onde subo e desço em flutuações de humor, ainda mais enjoativas do que o habitual.
Hoje acordei muitas vezes durante a noite... desde frio, calor, mosquitos, enjoos... a minha cabeça anda às voltas e voltas, e nem este último fim-de-semana grande, nem o reiki ou o yoga, me conseguem acalmar.
Estes meses são parecidos com os que antecederam a minha vinda para Maputo. Estes meses são de silêncio, introspecção, apoio na família (que agora está a 10,5 horas de viagem), expectativa, nervoso miudinho... São o prelúdio do futuro, de um futuro aqui tão perto e ao mesmo tempo, que demora tanto a chegar.
Gosto desta emoção, mesmo que diga que não gosto. Mas gosto de verdade, porque é daqui, deste turbilhão, que sai mais uma mudança, uma daquelas que pode não ser física, mas que é claramente emocional.
O meu coração vibra ao ritmo da minha alma, quero dar um passo em direcção ao meu futuro que já está ali, mas olho em volta, pisco os olhos, tento focar e não o vejo com clareza. Para falar a verdade nem sei por onde devo seguir, nem sei como é este futuro, apenas sei que quero e preciso de avançar.
Mas, por agora, paro tudo e aguardo, aguardo que me digam algo, aguardo que um sino dentro de mim toque exigindo uma reacção.
Não sou, normalmente, uma pessoa que espera acções para depois agir, mas a verdade é que neste momento preciso que todos os restantes actores ajam para que eu, depois de reflectir (e aproveito estes momentos para isso), possa então dar esse passo grande ou pequeno, que me leva para lá, para o meu futuro mais próximo, que está já ali.
terça-feira, setembro 27, 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário