Ora aqui vai a primeira parte do resumo do mês de Junho...
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Despedidas - Este mês foi o mês das partidas... foram-se embora algumas pessoas que se tornaram grandes amigas... e entre elas a que mais me apoiou e fez companhia... a Maria Adelina. Estas despedidas custam muito, acho até que custam mais do que quando se está na nossa terra natal, porque aqui as ligações que se criam têm uma tendência para se tornarem mais fortes num curtíssimo período de tempo. Aqui numa cidade-porto onde todos chegam e todos partem com uma cadência que já é natural ao lugar e que a população local já não estranha, e que no fundo é o que sempre fez e continua a fazer mover esta sociedade… aqui vivem-se momento intensos de amizade verdadeira com aqueles que são nossos “espelhos” e serão sempre marcos da vida que temos aqui, e também se vivem momentos mais marcantes de incompatibilidades com pessoas que rapidamente percebemos que nada têm a haver connosco… Será que as despedidas custam mesmo mais aqui? Penso que sim… e sinto que sim… sinto que quando for a minha vez de partir terei deixado para trás uma parte de mim e atravessarei novamente o oceano atlântico com uma pessoas diferente dentro de mim… quando pisar novamente a minha terra natal irei ter uma vontade louca de olhar para trás, e depois para a frente procurando um espaço no meu futuro para voltar aqui…
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Dia do Ambiente – é verdade, nem eu acreditava, aqui também se festeja o dia do Ambiente, com um monte de miúdos de todas as escolas a saírem às ruas empunhando cartazes com frases tão importantes como: “Poupar a água é proteger o ambiente”, “Diga não à poluição”, “Lixo não”, “Conservar para proteger”, “A natureza é tua, é minha, é nossa. Vamos protegê-la”. È interessante ver este espectáculo que desce à rua provavelmente pela primeira vez… quem tenha chegado aqui na véspera até pensa que este país está realmente preocupado com o ambiente, e até pensa que nas escolas as crianças estão a receber uma educação cuidada e quase intensiva sobre a protecção do ambiente… no entanto quem já está aqui à 5 meses sabe que este desfile não passa de uma grandessíssima fantochada… Ora vejamos, em Cabo Verde quase não existe legislação sobre ambiente, e a que existe não está regulamentada, e mesmo que tivesse muito provavelmente não seria aplicável por ser quase copy-paste da legislação portuguesa; nas escolas não existe nenhuma disciplina nem nenhum manual que refira o ambiente, a protecção da natureza ou dos recursos naturais, estes conteúdos programáticos com alguma sorte são dados por 10% dos professores, mas o enquadrar esta matéria nas aulas é voluntária por parte de cada um dos professores, e mesmo voluntária… às vezes não se dá informação actualizada nem orientada para o panorama deste pais. Mas pronto, eu não quero ser mazinha… já não é nada mau os miúdos saírem à rua empunhando os ditos cartazes, todos contentes por andarem a passear pelas ruas da cidade em pleno dia de aulas (para eles foi feriado), por causa de um tema tão nobre e desconhecido… mas afinal, haja alguém que me explique o que é o Ambiente???
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Crianças desprotegidas – sim… aqui também à crianças em situações de risco, a viver nas ruas, a serem expulsas de casa e de famílias desestruturadas… e 5 dessas crianças são lindas e são uma das minhas paixões… 1 menina bebé, 1 menina com cerca de 4 anos, e 3 meninos entre os 2 e os 6 anos, são a pequena prole que eu adoptei para cuidar aos fins-de-semana… Perto do Mindelo, a caminho do Calhau, existe uma casa novinha para acolher algumas crianças desprotegidas e as tentar integrar novamente na sociedade. Este projecto lindo chama-se “A Quintinha”, e é lá que tenho passado os meus sábados a brincar, a fazer refeições e dar banhos a estas crianças lindas…
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Lanche bem português – Depois de ter abastecido a minha pobre despensa de Cabo Verde com os riquíssimos produtos bem portugueses, entre eles chouriços, morcelas, alheiras, queijo tipo serra, queijo tipo Nisa, e claro o magnífico pão… decidi fazer um lanche com todos este acepipes… e que lanche… quem vinha provava, depois comia, depois repetia e no fim ia embora a custo e ainda a lamber os dedos… Aiiii e que saudades tinha eu destes deliciosos produtos tradicionais portugueses… para completar a amostra só ficou a faltar uns docinhos conventuais cheios de ovos, calorias e colesterol… bem à moda portuguesa…
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Despedidas - Este mês foi o mês das partidas... foram-se embora algumas pessoas que se tornaram grandes amigas... e entre elas a que mais me apoiou e fez companhia... a Maria Adelina. Estas despedidas custam muito, acho até que custam mais do que quando se está na nossa terra natal, porque aqui as ligações que se criam têm uma tendência para se tornarem mais fortes num curtíssimo período de tempo. Aqui numa cidade-porto onde todos chegam e todos partem com uma cadência que já é natural ao lugar e que a população local já não estranha, e que no fundo é o que sempre fez e continua a fazer mover esta sociedade… aqui vivem-se momento intensos de amizade verdadeira com aqueles que são nossos “espelhos” e serão sempre marcos da vida que temos aqui, e também se vivem momentos mais marcantes de incompatibilidades com pessoas que rapidamente percebemos que nada têm a haver connosco… Será que as despedidas custam mesmo mais aqui? Penso que sim… e sinto que sim… sinto que quando for a minha vez de partir terei deixado para trás uma parte de mim e atravessarei novamente o oceano atlântico com uma pessoas diferente dentro de mim… quando pisar novamente a minha terra natal irei ter uma vontade louca de olhar para trás, e depois para a frente procurando um espaço no meu futuro para voltar aqui…
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Dia do Ambiente – é verdade, nem eu acreditava, aqui também se festeja o dia do Ambiente, com um monte de miúdos de todas as escolas a saírem às ruas empunhando cartazes com frases tão importantes como: “Poupar a água é proteger o ambiente”, “Diga não à poluição”, “Lixo não”, “Conservar para proteger”, “A natureza é tua, é minha, é nossa. Vamos protegê-la”. È interessante ver este espectáculo que desce à rua provavelmente pela primeira vez… quem tenha chegado aqui na véspera até pensa que este país está realmente preocupado com o ambiente, e até pensa que nas escolas as crianças estão a receber uma educação cuidada e quase intensiva sobre a protecção do ambiente… no entanto quem já está aqui à 5 meses sabe que este desfile não passa de uma grandessíssima fantochada… Ora vejamos, em Cabo Verde quase não existe legislação sobre ambiente, e a que existe não está regulamentada, e mesmo que tivesse muito provavelmente não seria aplicável por ser quase copy-paste da legislação portuguesa; nas escolas não existe nenhuma disciplina nem nenhum manual que refira o ambiente, a protecção da natureza ou dos recursos naturais, estes conteúdos programáticos com alguma sorte são dados por 10% dos professores, mas o enquadrar esta matéria nas aulas é voluntária por parte de cada um dos professores, e mesmo voluntária… às vezes não se dá informação actualizada nem orientada para o panorama deste pais. Mas pronto, eu não quero ser mazinha… já não é nada mau os miúdos saírem à rua empunhando os ditos cartazes, todos contentes por andarem a passear pelas ruas da cidade em pleno dia de aulas (para eles foi feriado), por causa de um tema tão nobre e desconhecido… mas afinal, haja alguém que me explique o que é o Ambiente???
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Crianças desprotegidas – sim… aqui também à crianças em situações de risco, a viver nas ruas, a serem expulsas de casa e de famílias desestruturadas… e 5 dessas crianças são lindas e são uma das minhas paixões… 1 menina bebé, 1 menina com cerca de 4 anos, e 3 meninos entre os 2 e os 6 anos, são a pequena prole que eu adoptei para cuidar aos fins-de-semana… Perto do Mindelo, a caminho do Calhau, existe uma casa novinha para acolher algumas crianças desprotegidas e as tentar integrar novamente na sociedade. Este projecto lindo chama-se “A Quintinha”, e é lá que tenho passado os meus sábados a brincar, a fazer refeições e dar banhos a estas crianças lindas…
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Lanche bem português – Depois de ter abastecido a minha pobre despensa de Cabo Verde com os riquíssimos produtos bem portugueses, entre eles chouriços, morcelas, alheiras, queijo tipo serra, queijo tipo Nisa, e claro o magnífico pão… decidi fazer um lanche com todos este acepipes… e que lanche… quem vinha provava, depois comia, depois repetia e no fim ia embora a custo e ainda a lamber os dedos… Aiiii e que saudades tinha eu destes deliciosos produtos tradicionais portugueses… para completar a amostra só ficou a faltar uns docinhos conventuais cheios de ovos, calorias e colesterol… bem à moda portuguesa…