Esta expressão acompanha-me desde que me lembro de mim e significa tão simplesmente que todos os dias, a cada momento, para pequenas e grandes decisões (desde escolher o que vou beber ao almoço, qual o próximo destino de férias, onde vou morar...), vejo e revejo rapidamente todas as alternativas que se me apresentam perante o problema.
A decisão normalmente é tomada por impulso (pelo menos eu faço assim), sabendo que nas decisões mais difíceis peso sempre a razão também, mas quase invariavalmente opto pelo que me apetece, sigo o meu "feeling". Não me arrependo disso porque todas as decisões tomadas contribuíram para chegar onde cheguei hoje, para ser quem sou, para alcançar aqueles objectivos maiores da minha vida, contribuíram para que no fundo hoje seja feliz com o que tenho e esteja tranquila quanto ao caminho que segui.
Sim, sei que estou a ser confusa, mas esta reflexão começou pouco antes da minha vinda para Moçambique, numa reconstrução interior do meu percurso, e nos últimos dias tem assomado à minha cabeça de forma muito mais intensa do que o normal.
Ultimamente pergunto-me "e se tivesse ficado em Portugal?". Independentemente da perspectiva que uso para analisar esta questão, chego sempre à mesma conclusão: se não tivesse vindo, se naquele momento de decisão tivesse optado por Portugal, não tenho dúvidas que já teria arranjado um outro momento de decisão que me levaria a sair de lá. No fundo o sair de Portugal era já um dado adquirido, o lugar para onde ir é que tomou muitas formas e a escolha estava apenas dependente das oportunidades no momento. Quando Moçambique voltou a surgir no meu mapa, então o destino final desta saída ficou claro e eu vim.
Deve ter sido uma das decisões mais rápidas da minha vida, acho mesmo que já estava tomada antes de me ser apresentada a questão. Sabia que viria para cá mais cedo ou mais tarde, também isso já estava decidido, por isso fiz as malas e vim.
Agora aqui, passados 9 meses da minha estadia, concluo que a vinda e estes primeiros tempos foram "um parto difícil" por várias razões: este era um regresso cheio de emoções, um desafio profissional intenso e um desafio pessoal que perseguia há já algum tempo. Passada esta fase percebo que resisti aos primeiros choques, resisti e estou cá.
Feliz por estar onde sinto que devia, é preciso agora olhar outra vez à minha volta e arranjar novos desafios. Agora passada a fase de regresso, vamos então à fase de integração (ou reintegração). Neste cenário abrem-se novos caminhos e alternativas. Preciso de ponderar questões como "o que fazer a seguir" para todos os campos da minha vida: viajar - sim, voluntariado - talvez (mas preciso de tempo com dias fixos para o fazer), associativismo - está em ponderação, formação - claramente, desportos - quais? (Yoga parece-me uma ideia cada vez mais presente).
Mesmo antes do fim do ano já penso que o primeiro ciclo está a fechar, agora vem esta nova fase cheia de novas perspectivas que preciso de considerar. Ano novo vida nova... vamos avançar.
terça-feira, outubro 13, 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Independentemente das opções, haverá sempre coisas que permanecerão. O importante acima de tudo é: quando efectuado o balanço, verificares que não te arrependes das opções ;)
Beijinhos
Enviar um comentário