Ontem, já cansada, cheguei a casa e estendi-me no sofá enquanto comia uma salada óptima que a Teresa fez. Começou a passar na televisão um filme, daqueles que é bom. Por momentos convenci-me que estava em Portugal, em minha casa, porque ainda não tinha tido oportunidade de ver um filme na televisão aqui. Soube bem, mas também soube bem quando percebi que estava aqui, também na minha cassa, mas noutro hemisfério.
Dormi tarde, é verdade, e hoje foi preciso tomar 1 café para ter energia para trabalhar. Para não me deixar levar pela moleza do cansaço, peguei na "banda sonora da minha vida" (o meu mp3) e estou a trabalhar enquanto ouço baixinho músicas de que gosto, desde Jazz a música de Cabo Verde...
Ás vezes penso como é simples reduzir o stress. Basta um bocadinho de música, um sorriso na cara logo ao acordar, e uns raios de sol escondidos que batem de vez em quando na janela (é que aqui já é inverno).
Porque será que por vezes não conseguimos relativizar os nossos stresses? e nos deixamos levar numa espiral de irritação? Não vale a pena, a sério que não vale a pena.
Basta tomar um banho quente à noite, ler um livro já na cama, aconchegar-me nos lençóis... e sonhar.
Penso também que tenho sorte, muita sorte. Tenho a tal música, a tal cama, a tal casa, o tal livro. Sei ler, escrever, e tenho o que comer. Tenho mesmo sorte. Muito mais sorte do que os milhões de pessoas que, como escrevia o jornal de ontem, "vão para a cama com fome". E considero também que tenho muito mais sorte do que aqueles que têm tudo e mais alguma coisa, e ainda pensam que precisam de mais, que são gananciosos, que não olham para o mundo à sua volta, olham só para o umbigo, para a sua casa, a sua rua, e quanto muito para a sua cidade. Esquecem que existe um mundo enorme lá fora, onde gente pede na rua, dorme na rua, come na rua. Onde gente vazia de tudo o que é material, ainda lança aquele sorriso quando o "sol brilha" mais um bocadinho na vida delas. Um mundo onde a crise dos países desenvolvidos não faz sentido, porque sempre estiveram em crise, uma crise muito mais profunda e grave do que a que se faz sentir em países como Portugal.
terça-feira, junho 09, 2009
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1 comentário:
olá! Tens toda a razão no que dizes, neste post. As coisas simples da vida, podem fazer-nos muito feliz. Não precisamos de querer muito, para sermos felizes. Um bom livro, uma boa música, um bom livro é tudo na vida.... a mim só me falta o trabalho, para poder juntar algum dinheiro. De resto, sou como tu. Sinto-me bem com estas coisas simples da vida! Ahh, e o pc, a net também dão uma grande ajuda. Este fim de semana, fui ao Norte Shooping ( porto ) conhecer e comprar o livro do Rafeiro Perfumado. Foi importante para mim.. e no dia 27 de junho, conto ir conhecer a Carla, de Palavras em Desalinho...o lançamento do livro dela vai ser na minha terra! Estas pequenas coisas tb nos fazem felizes. Não me arrependo de gastar dinheiro em livros...arrrependo-me mais quando compro bolos na rua, chega a hora do jantar e não tenho apetite porque comi bolos na rua...aí sim, arrependo-me, mas sou guloso! beijos e uma boa semana!
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