Para os que sabem e para os que ainda não sabem, a minha mãe chegou bem, aliás muito bem e muito carregada de coisinhas boas para a filhota emigra que já tinha saudades dos miminhos de Portugal.
A mãe chegou, a filhota foi esperá-la ao aeroporto, claro está. Nos dias antes da chegada o inverno estava já a espreitar, mas no dia da chegada o sol brilhou e aqueceu como num qualquer dia de verão, para dar as boas vindas.
Depois de um abraço longo de meses de saudades, que emocionou outros que por ali andavam, metemo-nos no meu carro e devagarinho, bem devagarinho, para apreciar cada momento, fomos percorrendo as estradas cheias de gente, trânsito e alguns buracos, a caminho da cidade.
Algumas coisas iguais, algumas bem diferentes do que era antes...
"Sinto-me em casa" disse-me ao percorrer a marginal, "sinto que mesmo que fique muito tempo fora, quando volto, é como se nunca tivesse saído de cá". E eu respondi com um sorriso cúmplice de quem sente exactamente o mesmo, mas com tempos e vivências diferentes... Moçambique é assim.
Depois do breve passeio pela cidade, rumámos a casa para pousar as malas, almoçar e descansar um bocado.
E neste bocadinho de pausa abrimos desenfreadamente as malas para ver as prendinhas: chocolates (sim… porque adoro, porque tem de ser, porque como só um de vez em quando para poupar, daqueles que vêm de Portugal); biquíni novo (ideia da mana, e ainda bem porque ainda não fui à praia… e preciso de um para mergulhar nas águas do Índico); camisas lindas para o meu dia de anos (que ainda vai longe, mas já me imagino com elas… lindas); equipamento de vela (porque o que tinha aqui já se está a desfazer… mais uma vez obrigada à patrocinadora oficial a mana); queijinhos…. Hummm que hum…. Delícia… como adoro queijinho; Bolo de aniversário da mana (aquele que apaguei as velas pelo computador), de chocolate óptimo claro… adorei; uma caneca (porque a minha se partiu); o girassol que canta e dança só para mim (das amigas… a prenda de Cabo Verde); o disco externo (essencial por estas paragens… não sobrevivo sem ele); um quadro de Barcelona do Parque Guel (prenda da mana, claro); e o meu primeiro mp3, ou como o baptizei “a banda sonora da minha vida”, prenda das amigas lindas… cheias das músicas que enchem os meus dias…
Estava feliz, parecia uma criança, e ao mesmo tempo tive saudades… imensas saudades, lembrei-me de caras e mais do que isso de sorrisos e abraços, e enquanto sorria uma lágrima deslizou suavemente pela face… (suspiro)
sexta-feira, maio 15, 2009
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